70 ANOS TEP – Um arquivo vivo

TEP & Museu do Porto

O Círculo de Cultura Teatral/Teatro Experimental Porto (TEP) é um complexo poliedro. É impossível capturar um retrato definitivo de uma companhia que está em atividade continuada desde 1953, sendo, assim, a mais antiga companhia teatral portuguesa. A sua história é um vivo libreto do percurso do teatro em Portugal a partir da segunda metade do século vinte. Começando por ser um grupo de amadores, criado no seio de um “Círculo de Cultura Teatral”, uma agremiação com um forte pendor de militância cultural e que declarava nos seus estatutos querer “realizar uma obra de cultura teatral, alheia a quaisquer lucros materiais e a fins políticos ou religiosos [, e] elevar o nível moral, intelectual e artístico do Teatro”, o TEP rapidamente se tornará um dos mais robustos e esclarecidos bastiões do movimento de teatro experimental do pós-segunda guerra mundial sob a direção de António Pedro (1953-1961), profissionalizando-se em 1957. Será, depois disso, um dos poucos coletivos que carregará a mecha do teatro experimental português durante a década de sessenta e setenta, até se constituir como um dos indefetíveis quartéis do teatro independente português, no pós-25 de Abril de 1974.

Sob a direção de criadores tão díspares quanto João Guedes, Rogério Paulo, Ruy de Carvalho, Paulo Renato, Carlos Avilez, Mário Viegas, Norberto Barroca, Júlio Gago, ou, mais recentemente, Gonçalo Amorim, o perfil artístico do TEP foi, naturalmente, sempre cambiando. Ao longo destes quase setenta anos de atividade, passaram pela companhia algumas das mais carismáticas figuras da cultura portuguesa, e foi convocado um reportório onde figuram alguns dos mais importantes representantes da dramaturgia nacional e universal, clássicos, modernos e contemporâneos. Mas, em toda a sua história, há um debate que, pela sua recorrência, surge como um singular refrão: qual a natureza do teatro popular?

Círculo de Cultura Teatral/Teatro Experimental Porto (TEP) is a complex polyhedron. It is impossible to capture a definitive portrait of a company that has been in continuous activity since 1953, making it the oldest Portuguese theatre company. Its history is a living libretto of the journey of theatre in Portugal from the second half of the 20th century. Starting out as a group of amateurs, it was created within a ‘Circle of Theatrical Culture’, an association with a strong cultural militant streak, which stated in its statutes that it wanted to ‘carry out a work of theatrical culture, unrelated to any material profits or political or religious ends [, and] to raise the moral, intellectual, and artistic level of the Theatre’, TEP quickly became one of the most robust and enlightened bastions of the post-World War II experimental theatre movement under the direction of António Pedro (1953-1961), becoming professional in 1957. After that, it was one of the few collectives to carry the torch of Portuguese experimental theatre throughout the 1960s and 1970s, until it became one of the indefectible barracks of Portuguese independent theatre in the post-April 25, 1974, period.

Under the direction of creators as diverse as João Guedes, Rogério Paulo, Ruy de Carvalho, Paulo Renato, Carlos Avilez, Mário Viegas, Norberto Barroca, Júlio Gago or, more recently, Gonçalo Amorim, TEP’s artistic profile has always naturally changed. Over the course of almost seventy years of activity, some of the most charismatic figures in Portuguese culture have passed through the company, and a repertoire has been assembled that includes some of the most important representatives of national and universal dramaturgy, classic, modern, and contemporary. But throughout its history, there is one debate that, due to its recurrence, appears as a singular refrain: what is the nature of popular theatre?

Programa paralelo:

FEVEREIRO
SEX 16 FEV, 17H30 | FEED ROULETTE
Com Júlio Gago
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
M/12

SÁB 17 FEV, 16H00 | ACTIVAÇÃO DA SALA C
Com Tânia Dinis
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
M/12

CICLO DE CINEMA
QUI 22 FEV, 17H30 | O HOMEM-TEATRO
De Edgar Pêra
Entrada gratuita / 30 participantes
M/12
Duração 53 min.
CONVERSA PÓS SESSÃO
Com Edgar Pêra e Laura Castro; mod. Jorge Palinhos

SEX 23 FEV, 17H30 | VIDAL VALENTE, QUANTO IMPORTA SER LEAL
De Gonçalo Amorim e Maria Joana Figueiredo
Entrada gratuita / 30 participantes
M/12
Duração 78 min.
CONVERSA PÓS SESSÃO
Com Gonçalo Amorim e Maria Joana Figueiredo; mod. Jorge Palinhos

SÁB 24 FEV, 17H30 | CAOS DANADO
De Eduardo Breda
Entrada gratuita / 30 participantes
M/12
Duração 36 min.
CONVERSA PÓS SESSÃO
Com Eduardo Breda e Sara Barros Leitão; mod. Jorge Palinhos

MARÇO
SÁB 16 MAR, 15H00 | OFICINA – MASCARARA #2
Com Oficina Arara  
Entrada gratuita / 20 participantes
Inscrição: Através de formulário disponível em museudoporto.pt
M/3

QUA 27 MAR, 16H00 | VISITA GUIADA ESPECIAL
Com Filomena Louro
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço

QUA 27 MAR, 17H30 | FEED ROULETTE
Com Júlio Gago
Entrada gratuita sujeita à lotação do espaço
M/12

  • Coprodução: Teatro Experimental do Porto e Museu do Porto
  • Direção artística: Gonçalo Amorim
  • Direção Plástica: Catarina Barros
  • Gestão de Projeto: Ana Gago
  • Curadoria: Ana Gago, Catarina Barros, Gonçalo Amorim
  • Avaliação, tratamento e montagem: Carolina Ventura e Patrícia Monteiro
  • Assistência à montagem: Maria Simões, Nuno Encarnação, Patrícia Monteiro, Francisca Canedo
  • Direção de Produção: Patrícia Gonçalves
  • Assistência de Produção: Abigail Raposo
  • Conteúdos Texto: Rui Pina Coelho
  • Tradução: Daniela Laranjeira
  • Conteúdos Vídeo · Coordenação de conteúdos: Ana Gago, Ana Temudo e Pedro Alves / Argumento: Ana Gago, Ana Temudo e Pedro Alves / Realização e Imagem: Diogo Cunha Edição e Pós-produção: Diogo Pinto / Sonoplastia: David Arrepia
  • Conteúdos Digitais · Coordenação de conteúdos: Ana Gago e Ana Temudo / Conteúdos de texto: Ana Gago, Ana Temudo e Rui Pina Coelho / Digitalização e tratamento de imagem: Carolina Ventura e Patrícia Monteiro / Design gráfico: Cecília Magalhães / Programação, suporte técnico e licenciamento: Timelinefy
  • Assessoria de comunicação e imprensa: Bruno Moreira
  • Design gráfico: Marta Ramos
  • Programação, Suporte Técnico e Licenciamento: Timelinefy
  • Montagem: Teatro Experimental do Porto