70 ANOS TEP – Um arquivo vivo
TEP & Museu Nacional do Teatro e da Dança

Museu Nacional do Teatro e da Dança (Lisboa)
27.03.2022 — 26.06.2022
É impossível escrever a história do teatro em Portugal sem olhar atentamente o TEP – Teatro Experimental do Porto, a mais antiga companhia de teatro profissional de Portugal. Nascido em 1951 de um desejo de renovação da cena portuguesa, o TEP fez subir ao palco grandes dramaturgos nacionais e estrangeiros, clássicos e de vanguarda. Foi, desde o início, um espaço de afirmação da encenação moderna em Portugal e também de experimentação de novas linguagens ao nível da cenografia e da iluminação. O TEP foi igualmente uma escola de representação – daqui saíram atores como Dalila Rocha, João Guedes ou Mário Jacques – e um lugar onde artistas/intelectuais multifacetados e carismáticos como António Pedro – diretor da companhia ente 1953 e 1962 – ou Ernesto de Sousa tiveram oportunidade de criar e por em prática as suas ideias.
Os motivos para a comemoração do 70.º aniversário do Teatro Experimental Porto são, por isso, múltiplos, estendendo-se ao longo de um período temporal relativamente alargado.
O nascimento desta estrutura de criação teatral vê-se alicerçado numa vontade de mudança, preconizada pela candidatura à Presidência da República de José Norton de Matos, em 1949, e que motivou o surgimento de vários movimentos de resistência política (e cultural), na cidade do Porto (e não só). Em termos formais, o percurso do CCT-TEP inicia-se com a assinatura da Ata de Fundação, a 21.02.1951. Porém, em termos práticos, a estreia dos primeiros espetáculos da companhia, terá apenas lugar a 18.06.1953, no Teatro Sá da Bandeira; data cujo 70.º aniversário se assinalará no próximo ano de 2023.
São, por isso, diversos os momentos desta história, feita de estórias, que serão colocados a descoberto, e à descoberta, neste primeiro momento comemorativo; uma exposição-instalação, retrospetiva e em grande medida introspetiva, desenvolvida a partir do espólio documental e artístico do Teatro Experimental do Porto e do Museu Nacional do Teatro da Dança.
“Um Arquivo Vivo” que se quer feito de vivências e, também por esse motivo, em permanente construção, a partir de fragmentos vários de memórias, criadas entre e a partir de duas cidades vizinhas, Porto e Gaia, e, muitas vezes, com passagem por Lisboa. Fragmentos de espaço(s) e tempo(s), cenários, figurinos, fotografias, e outros registos, materiais e/ou digitais, que nos remetem para as produções e para os a(u)tores – onde se incluem dirigentes, encenadores, atores, artistas plásticos, cenógrafos, músicos e outros trabalhadores do espetáculo – que participaram ativamente no longo historial de experimentação, colaboração e intervenção do Teatro Experimental do Porto.
- Coprodução: Museu Nacional do Teatro e da Dança e CCT – Teatro Experimental do Porto
- Direção artística: Gonçalo Amorim
- Gestão de Projeto: Ana Gago e Ana Temudo
- Curadoria: Ana Gago, Ana Temudo, Catarina Barros, Filomena Louro, Gonçalo Amorim, Pedro Alves, Rui Pina Coelho
- Direção Plástica: Catarina Barros
- Avaliação, tratamento e montagem: Carolina Ventura e Patrícia Monteiro
- Assistência à montagem: Nuno Encarnação e Susana Paixão
- Design gráfico: Cecília Magalhães
- Direção de Produção: Patrícia Gonçalves
- Assistência de Produção: João Cunha
- Conteúdos Texto: Rui Pina Coelho
- Conteúdos Vídeo · Coordenação de conteúdos: Ana Gago, Ana Temudo e Pedro Alves / Argumento: Ana Gago, Ana Temudo e Pedro Alves / Realização e Imagem: Diogo Cunha Edição e Pós-produção: Diogo Pinto / Sonoplastia: David Arrepia
- Conteúdos Digitais · Coordenação de conteúdos: Ana Gago e Ana Temudo / Conteúdos de texto: Ana Gago, Ana Temudo e Rui Pina Coelho / Digitalização e tratamento de imagem: Carolina Ventura e Patrícia Monteiro / Design gráfico: Cecília Magalhães / Programação, suporte técnico e licenciamento: Timelinefy
- Assessoria de comunicação e imprensa: Marta Ramos
- Montagem: Teatro Experimental do Porto e Museu Nacional do Teatro e da Dança